“A GRANDE RIO É DO BARALHO” |
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Carnavalesco: Fábio RicardoPara muitos o Carnaval é um jogo. Já que é assim, a Grande Rio entra na partida e, para começar, dá as cartas. Atiçando nossa imaginação, no seio da criatividade, reaviva o simbolismo dos tempos remotos, e, ao poder econômico, dá o Ouros. Ao poder militar, Espadas. Copas para o poder religioso. Paus ao poder político, que no povo encontra seu alicerce.A seguir, saca a figura de um Rei. Em seguida, a de uma Dama. Completando, um Valete. Diz, de antemão, que um Coringa pode trazer sorte, mas o Ás – que é trunfo – guarda pra si, como quem esconde “uma carta na manga”.Através das cartas ela encontra seu destino. Carta que é “jogo”, e também revela os mistérios da adivinhação. Os arcanos maiores do tarô de Marselha previram, mas foram os lábios rubros da cigana que confirmaram: uma “chave” ilustrada na mesa indica que as portas estão abertas. A carta 31 do oráculo cigano reafirmou: o “sol” vai brilhar. É ele quem traz o anúncio de que bons ventos virão com as cinzas da quarta-feira. Os astros se alinham e as estrelas iluminam nossos caminhos. Da mesma forma que nove são as cartas numeradas, nove são os planetas do sistema solar. Assim como quatro são os naipes, quatro são os elementos estabelecidos pela Astrologia – o fogo, a terra, a água e o ar – que, por sua vez, dividem os doze signos zodiacais. Há quem guarde um coringa… quem trate a disputa com a malícia de um poker, a inteligência de uma partida de sueca ou como os velhos malandros, bons no carteado. Previ, sonhei e imaginei. A Grande Rio despista os jogadores e dá sua cartada na Avenida. A sorte está lançada! Façam suas apostas! Pesquisa e Texto: Leandro Vieira e Roberto Vilaronga |